segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Novo começo

Olá leitores, 

Só passei para dizer que o blog Livro? Só nas Férias está com cara nova em uma nova plataforma.
A Livreira é o novo portal para você acessar minhas resenhas e postagem. Com conteúdo inédito, resenhas antigas e textos de diferentes gêneros, A Livreira vai carregar a essência do blog de origem com um visual totalmente novo!


Espero que gostem e aproveitem o conteúdo

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sexta-feira, 15 de julho de 2016

47° postagem: Resenha A Espada do Verão

Olá leitores,

[SPOILER]

        Quem me conhece sabe da minha paixão por Rick Riordan. Agora, é com imenso prazer que resenho um de seus mais recentes livros.

        Magnus é um jovem que, após a morte repentina e chocante de sua mãe, começa a morar na rua. Acompanhado por dois amigos, Blitz e Hearth, segue sua vida difícil e incerta. Porém, um dia, uma jovem loira, acompanhada de seu pai, distribui panfletos por Londres com a foto do jovem mendigo. Alertado por Blitz, Magnus foge e se esconde sem saber que a menina é sua prima, Annabeth Chase, filha de Atena na saga Percy Jackson e o Ladrão de Raios. Depois desse evento, as coisas começam a ficar estranhas. Após ouvir uma conversa entre Annabeth e seu pai, Magnus decide ir até a casa de seu tio Randolph para conseguir algumas respostas. É lá, conversando com o odiado tio, que Magnus descobre ser filho de um deus nórdico, Frey.

       Depois da conversa reveladora, de maneira reduzida, Magnus acaba lutando com um gigante de fogo usando uma espada enferrujada que, deuses sabe como, tirou de um lago. Essa tão destruída espada é a própria arma de seu pai, perdida anos atrás e agora essencial para que um plano maligno se concretize (#LeiaEDescubra). Aí ele morre. É com essa morte que o enredo principal começa. Magnus segue para Valhala, o lar para guerreiros que morreram em combate nobre. Ele foi resgatado por uma valquíria chamada Samirah que acompanha o herói em boa parte do livro. O objetivo das valquírias é resgatar esses combatentes nobres e leva-los para o santuário onde vão treinar para o Ragnarök, dia do Juízo Final para os nórdicos. Blitz e Hearts se revelam-se Blitzen, um anão com um estilo peculiar, e Hearthstone, um elfo surdo e mudo. Ambos, com diferentes poderes e qualidades, ajudam Magnus durante sua viagem.

         No decorrer do livro nos deparamos com palavras como Midgard, Asgard, Bifrost, Thor, Loki e Odim, familiares para fã de Os Vingadores e do filme do Thor da Marvel. O modo como Riordan trata a mitologia é igual ao outros livros. Mistura esse mundo fantasioso com objetos e ações cotidianas, sempre com aquele bom humor jovem e sarcástico que acompanha Jackson desde a primeira série. Magnus segue o perfil dos personagens principais de escritor: o jovem incompreendido que não sabe que é muito especial e quando descobre precisa salvar o mundo logo de cara. Repetitivo? Talvez, mas não enjoativo. A leitura sempre fluída e gostosa de acompanhar.

        Cada capítulo é iniciado com um título bizarro, aqueles que tanto sentimos falta na série Heróis do Olimpo. “O Homem com sutiã de metal”, “Abra caminho para os patos, senão vai levar um pescotapa” e “Eu não pedi bíceps” são alguns exemplos.

        Como titio Rick não deixar passar, referências e mais referências recheiam o livro! Não podia ser melhor. 444 página com capítulos variando um pouco de tamanho, mas em geral não são muito longos, todos narrados por Magnus. A Espada do Verão é o primeiro volume da série Magnus Chase e os Deuses de Asgard. O segundo livro chama O Martelo de Thor (Capas americanas sendo produzidas: https://twitter.com/SOLurie/status/752583959700180993/photo/1?utm_source=fb&utm_medium=fb&utm_campaign=camphalfblood&utm_content=752584242677239808 )


              Sinopse: “O martelo de Thor desapareceu novamente. O deus do trovão tem o hábito perturbador de perder a sua arma - a força mais poderosa nos nove mundos. Mas desta vez o martelo não está apenas perdido, ele caiu em mãos inimigas. Se Magnus Chase e seus amigos não recuperarem o martelo rapidamente, o mundo dos mortais estará indefeso contra um ataque de gigantes. O Ragnarök começará. Os nove mundos queimarão. Infelizmente, a única pessoa que pode mediar um acordo para o retorno do martelo é o pior inimigo dos deuses, Loki - e o preço que ele quer é muito alto.”

Passagens Favoritas:

“Mitos nada mais são do que histórias sobre verdades que esquecemos.” Pág. 32

“Você parece o Kurt Cobain, minha mãe dizia, para me provocar. Eu adorava o Kurt, pena que ele morreu.
Ah, adivinha mãe!, pensei. Agora t
ambém tenho isso em comum com ele.” Pág. 102

[Magnus está cansado de levar uma espada gigante por ai.]
“-Sei lá. Alguma coisa que caiba no bolso e seja inofensiva. Uma caneta, talvez?
   A espada pulsou, quase como se estivesse rindo. Imaginei-a dizendo: Uma caneta que vira uma espada. É a coisa mais idiota que já ouvi.” Pág. 221

“Hearthstone desmaia ainda mais do que Jason Grace (embora eu não faça ideia de quem seja esse cara” Título pág. 309

“Talvez eu devesse me ressentir dele, mas não o fiz. Depois de perder minha mãe, eu não tinha mais tempo para ressentimentos. Meus anos nas ruas me ensinaram que não adianta choramingar e remoer o que se poderia ter tido, o que eu merecia, o que era justo. Só estava feliz de ter aquele momento” Pág. 418 


Espero que tenham gostado
Beijos 
Cherry Suicide 

segunda-feira, 11 de julho de 2016

46° postagem: Resenha Se Eu Ficar

Olá leitores,
De maneira geral, gostei muito do filme Se Eu Ficar, protagonizado por Chloë Grace Moretz. Ele me emocionou muito e arrancou aquelas lágrimas esperadas. Porém, ao mesmo tempo, não esperava muito do livro. Para mim, seria uma leitura boba e rápida, apenas para ter uma ideia da base do filme, mas a leitura envolvente de Gayle Forman me proporcionou uma experiência tão emocionante quanto o filme.
Mia é um prodígio no violoncelo. Mora em Oregon com sua família, rockeiros clássicos, e parece que nunca se encaixou de verdade nesse meio, principalmente quando escolheu a música clássica como gosto e objetivo de vida. Durante o segundo ano do colégio, ela conhece Adam, garoto com um estilo próprio bem marcante, vocalista e guitarrista de uma banda de rock chamada “Shooting Star”, que começou a fazer sucesso nessa época.

Mia e Adam, embora bem diferentes, se conectam de um jeito especial, principalmente pelo amor à música. Porém, essa mesma música que aproximou o casal pode agora separa-los, pois enquanto ela está concorrendo para um vaga em Juilliard, ele tem turnês e contratos para fechar por conta de banda.
Esse romance é uma das “histórias” contadas no livro. O enredo é dividido entre as lembranças de Mia, desde com sua família e amigos alternativos, audição para Julliard, brincadeiras com seu irmão Teddy, conversas com a amiga Kim e o tempo que passou com Adam; e sua visão no hospital, enquanto seu corpo está em coma após um acidente que destruiu toda sua vida. Nessa parte, Mia entra no dilema: e se eu ficar.


As passagens no hospital são marcadas por horários (5h42), momentos que Mia anda da UTI até a sala de espera ou que recebe visitas, por mais batalhadas que elas sejam (#LeiaEDescrubra). A capa lançada depois do filme mostra cenas do longa-metragem e é muito conceitual, colocando tudo de mais importante. Tome muito cuidado com as emoções nas últimas páginas do livro! Conforme você vai lendo, vai entrando na cena, vai se envolvendo, vai querendo e.... PUF! o livro acaba faltando 15 páginas e você fica pensando “como assim acabou AGORA?”. Isso por que essa edição também contém um trecho do próximo livro, Para Onde Ela Foi e uma entrevista realizada pela autora com Chloë Moretz (Mia) e Jamie Blackley (Adam).

 O livro é tranquilo e muito gostoso de ler, 193 páginas rápidas que deixam uma sensação gostosa no coração, um aperto e uma necessidade de comprar o próximo. O filme é extremamente fiel ao livro, com passagens parecidas e até aprofundadas, seguindo o mesma forma: lembranças de Mia e momentos no hospital.

Passagens favoritas:

"Depois de 10 minutos tocando, minha ficha caiu: minha aversão aos shows de Adam não tinha nada a ver com a música, nem com as tietes, muito menos com ciúmes. O problema eram as dúvidas. As mesmas dúvidas perturbadoras que sempre tive em relação a não fazer parte de alguma coisa. Eu sentia como se não fizesse parte da minha família e agora era como se eu não pertencesse ao mundo do Adam, exceto pelo fato de que, diferentemente da minha família, que tinha um vínculo comigo, Adam havia me escolhido. E isso eu não conseguia compreender. Por que ele se apaixonou por mim? Não fazia o menor sentido.” Pág. 79

“Quando estava com Adam, pelo menos depois daquelas primeiras e estranhas semanas, me senti tão bem que não me incomodei em pensar sobre o que estava acontecendo comigo, com a gente. Tudo parecia tão normal e certo [...]” Pág 164

“– Estou dizendo tudo isso por um motivo – prossegue ela – Tem mais ou menos umas vinte pessoas lá na sala de espera agora. Algumas são da sua família, outras não. Mas todos nós somos a sua família agora.
Kim interrompe a fala. Inclina-se para se aproximar de mim e as mechas de seu cabelo fazem cócegas no meu rosto. Ela me dá um beijo na testa.
          
- Você ainda tem uma família.”  Pág. 182 



Espero que tenham gostado
Beijos
Cherry Suicide 

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

45º postagem: resenha Belleville

Olá leitores,

  Demorei para fazer essa resenha. Olhava o livro na estante, sua lombada discreta me chamando...mas eu não conseguia. Fazer resenha para mim é como dar um fim definitivo e eu realmente não queria simplesmente tirá-lo da minha cabeça assim tão rápido.
  Quando você olha para a capa de Belleville a última coisa que espera é uma história fora do real. Achava que era um romance romântico, um casal vivendo a vida, algo simples e corriqueiro, MAS PELO AMOR! O que foi isso que eu encontrei? Uma história de destinos, de linhas traçadas, de amores destinados, de sofrimento, de alegria, de angústia e imaginação.
  O livro do brasileiro Felipe Colbert conta a história de Lucius, um jovem que acabou de entrar na faculdade da linda Campos do Jordão e arrumou um casarão antigo para morar. Quando ele encontra algumas toras no quinta da casa acaba entrando em uma aventura que mudaria sua vida por completo.
Ele descobre que os pedaços de madeira são, na verdade, o começo do uma montanha russa de 50 anos atrás. Junto com isso, o jovem acha entre os livros da biblioteca uma foto antiga de uma jovem linda sentada no começo da construção. Seu nome era Anabelle. Não parou de ir atras de pistas, descobrindo assim um segredo guardado no antigo terreno jordanense.
  No inicio parece apenas uma história de um garoto e um sonho difícil de se concretizar, mas quando o inimaginável acontece, nos deparamos com um romance impossível, uma historia de amor maior que 5 décadas. Os protagonistas não poderiam ser mais encantadores: um jovem estudando e uma jovem tradicional cujos destinos foram cruzados a muito tempo. 
A gigantesca emoção e alegria que senti está na mesma proporção da angústia e ódio que surgiram no final do livro. Ele prende nossa atenção, nos congela na página e nos faz correr para saber o que vem em seguida. Os sorrisos e dores que senti valeram a pena. Você não vai querer parar de ler. Realmente, Belleville vai deixar uma ressaca eterna. 
  Cada capítulo tem uma lambretinha discreta desenhada na ponta, a mesma que pertencia a Anabelle e que Lucius usou durante a história. No decorrer da narrativa, a letra normal é substituída por uma representando as cartas escritas pelas personagens. Mais um toque delicado e bem pensado. 
  Belleville é mais um exemplo magnífico do que a literatura brasileira nos reserva. Autores brilhantes com ideias mais brilhantes ainda. Conheci Colbert na Bienal de 2014 e me arrependo por não ter lido mais rápido. História incrível e inesperada de um autor sorridente e carismático com muito orgulho do seu trabalha. Escreveu também livros como A Última Nota e Para Continuar, que já está na minha estante espetando para ser lido.  

Passagens favoritas:

"Parti o primeiro pedaço de bolo. Quando o salgado da lágrima misturou-se ao doce da massa, descobri que é amargo o sabor da solidão." Pág. 36

"Mas é como dizem: não faça da sua vida um rascunho, ou poderá não ter tempo de passá-la a limpo." Pág. 152

"Não, não entendia. Só sabia que colocar a culpa em outra coisa era a saída dos fracos" Pág.237

"A única coisa que podemos certificar é que o fenômeno só ocorria entre nós dois, talvez porque fosse uma história destinada às nossas vidas, assim como quando os bebês nascem e seus nomes são escolhidos" Pág. 299

"" Pág.301


Espero que tenham gostado 
Muitos beijos
Cherry Suicide 
 

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

44° postagem: Resenha Lobos não Choram

Olá leitores,
  Quem leu minha última resenha sabe que eu meio que... julguei o livro pela capa. Eu sei que isso é errado, além de ser um dos principais mandamentos para um leitor, mas não pude evitar. Com o livro Lobos não Choram não foi diferente, ainda mais que tinha acabado de acabar um livro fantástico que me deixou com uma ressaca muito grande (breve resenha). Achava que seria mais uma simples história, até meio sem sal, de um romance de lobos: ela submissa e especial e ele nervoso, mas que precisa dela para viver. MAS NOSSA! como eu estava errada.
  Para entender melhor o livro, a editora colocou o conto “Alfa e Ômega”, que pertencia à coletânea “A Caça”, no final para quem quisesse entender de onde veio algumas das informações principais da história, mas o que me prendeu na leitura foi mais que o romance ou essas informações extras, foi o conflito principal. Ele se passa em poucos dias, assim que a jovem lobo Anna, um ômega raro com poder de acalmar até o mais raivoso lobo, é resgatada do sofrimento e do abuso pelo filho do lobo chefe, Charles. Depois de uma intensa luta com a alcateia de Chicago, Anna acompanha o jovem e seu pai até Montana para a nova alcateia. Já era meio óbvio que um casal nasceria, mas o jeito como foi criado e escrito fez ficar mais intenso que um simples romance: uma história de necessidade. Ela era dele... e ele era dela. Após chegarem na casa de Charles, o casal recebe a missão de ir atrás de um lobo desgarrado que anda matando algumas pessoas na floresta próxima. Com várias corridas, sapatos de neve, lendas e momentos tensos, o resto da história se passa na nessa floresta congela e lá descobrem o mistério por trás dos assassinatos e dos problemas que andavam acontecendo.
  Tão rápido quanto as ações acontecem, acabei o livro em poucos dias e o romance, o conflito e a escrita já deixaram saudades. Patricia Briggs em 295 páginas fez meu coração apertar quando alguém quase morria, quando alguém ganhava um abraço ou quando um pelo ganhava um carinho. Gestos e sentimentos que mudam tudo. Uma coisa legal é que a autora explora muitas lendas e lugares precisando nos dar informações diferentes e mais concretas para fazer sentido no contexto da história. Para isso, ela coloca aqueles numerinhos com as explicações necessárias no rodapé, que vão desde lugares em Chicago e Montana até lendas de criaturas e tribos antigas. Espero que os próximos livros da sequência sejam tão bons quanto o primeiro livro.
  Podem julgar ou até desistir de ler pelo próximo comentário, mas para mim é uma mistura de Crepúsculo, pelo romance e pelas ações rápidas, com uma pitada de Belo Desastre (<3), de Jamie McGuire, no amor necessário, especial, submisso e poderoso do casal Anna e Charles.

Passagens Favoritas

“Então se perguntou por que ter esperança era muito mais difícil do que ser tomada pelo desespero. ” Pág. 88

“Charles ficava constantemente para trás, e Anna juntava-se a ele quando ele se distanciava da alcateia. Na frente dos outros lobos, ele se comportava com dignidade solene. Quando estavam sozinhos, Charles de repente se esquivava para o lado, fazendo-a cair antes que Anna pudesse se preparar, e o jogo continuava. [...] ” Pág. 294  

Espero que tenham gostado
Muitos beijos

Cherry Suicide 

Beco do Batman- 2014
Foto original da CS

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

43° postagem: resenha Diga as Lobos que Estou em Casa

Olá leitores,

  Aparentemente, as aparências enganam. Quando comprei o livro “Diga aos lobos que estou em casa” esperava uma narrativa fantástica, com mistérios e magia para entrar em um mundo paralelo e além da realidade. Porém, nesse primeiro romance de Carol Rifka Brunt me deparei com June Elbus, uma menina simples com uma vida chata, mas cheia de sonhos e esperanças. Ela passava a maior parte dos dias ao lado de seu tio Finn, um renomado pintor que alimentava esses sonhos mágicos e apresentou um mundo onde o que importa era ser feliz. Porém, após Finn morrer da temida AIDS, June perde seu único e melhor amigo. Após alguns telefonemas, entregas estranhas e cartas com endereços cômicos, a menina acaba descobrindo o misterioso namorado de seu tio, Toby. No começo, June tinha raiva do moço, pois foi levada pela onda familiar e culpou-o da morte de Finn. Com o tempo, as coisas mudam e June descobre um jeito de manter seu tio por perto e ainda... fez um novo amigo.

  Com uma narrativa simples, Carol nos transporta para 1987, quando a grande e temida AIDS era uma incógnita para todo o mundo. Somos levados ao dia-a-dia da jovem June e, ao mesmo tem que a história se desenvolve entre ela e Toby, reconhecemos a inocência dela e o tanto que ela teve que amadurecer para lidar com as coisas a sua volta. Poderia ser um livro chato sem um mínimo de ação? Sim, talvez. Talvez seja isso mesmo que ele é, mas teve momentos que eu quis entrar no livro para dar uns bons tapas na irmã da June. É isso que faz a narrativa ser legal de ler, essas emoções esporádicas que temos enquanto entramos nessa nova história.
  Sendo assim tão normal, “Diga aos lobos que estou em casa” nos cativa pela sua simplicidade e pela torcida que temos para que tudo dê certo para a caçula da família Elbus. É um livro para quem quer descansar a cabeça das aventuras fantásticas e mergulhar em um bairro simples, com a vida normal de uma família do subúrbio e uma jovem a procura de descobrir quem ela é, quem ela quer ser e o que estão escondendo dela. A capa é o que mais chamou minha atenção. Sou simplesmente apaixonada por ela, os desenhos, ar cores e o jeito que o título se encaixou em tudo isso é fantástico.

Passagens favoritas:
 “ Se você pensar que uma história pode ser como um tipo de cimento, do tipo aguado que se coloca entre os tijolos, do tipo que parece cobertura de bolo antes de secar e endurecer, então talvez eu achasse que seria possível usar o que Toby tinha para segurar os pedaços de Finn, mantê-lo aqui comigo mais um pouco. ” Pág.107

“Eu sentia ter provas de que nem todos os dias têm a mesma duração, nem todo o tempo tem o mesmo peso. Prova de que há mundos e mundos e mundos por cima de mundos, se você quiser que eles estejam ali. ” Pág.137

“ [...] -Qual é o único superpoder de June Elbus? [...]
   -Coração. Coração duro- falei, sem saber ao certo de onde aquilo viera.- O coração mais duro do mundo.” Pág.235

“O sol continuava escorregando para longe, e imaginei quantas coisas pequenas e boas do mundo poderiam estar se apoiando nos ombros de algo tão terrível. “ Pág. 305

“Eu falei sério. Realmente me perguntava por que as pessoas sempre estavam fazendo coisas de que não gostavam. Parecia que a vida era um tipo de túnel cada vez mais estreito. Logo que você nascia, o túnel era enorme. Você poderia ser qualquer coisa. Depois, mais ou menos no exato segundo depois de você nascer, o túnel se reduzia para cerca da metade daquele tamanho. Você era menino e já estava certo que você não seria mãe e provavelmente não se tornaria manicure nem professora de jardim da infância. Depois, você começava a crescer e tudo o que fazia fechava o túnel mais um pouco. Você quebrava o braço subindo em uma árvore e descartava ser arremessador de beisebol. Era reprovado em todas as provas de matemática que fazia e cancelava qualquer esperança de ser cientista. Assim. De novo e de novo, ao longo dos anos, até você ficar preso. Você se tornaria banqueiro ou bibliotecário ou barman. Ou contador. E aí estava. Eu pensava que, no dia da sua morte, o túnel estaria tão estreito, você teria se apertado tanto com tantas escolhas, que simplesmente seria esmagado. ” Pág. 330


“E se você acabasse no tipo errado de amor? E se você, por acidente, acabasse no tipo apaixonado por alguém que seria tão nojento se apaixonar que nunca poderia contar a ninguém no mundo a respeito? O tipo que você teria que empurrar tão fundo dentro de si mesmo que quase transformaria seu coração em um buraco negro...” Pág. 354

"" Pág. 451

Espero que tenham gostado
Beijos
Cherry Suicide









quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

42º postagem: TAG: 20 músicas X 20 livros

Olá leitores,

  Hoje vou fazer uma TAG que está fazendo muito sucesso em canais espanhois, foi traduzida pela Karol Pinheiro (https://www.youtube.com/watch?v=MZnya5qZ7xg) e adaptada pela Aione do blog Minha Vida Literária (http://minhavidaliteraria.com.br/2016/01/18/video-tag-20-musicas-x-20-livros/).
  Tenho 20 propostas para responder com músicas e com livros. Algumas foram difíceis outras nem precisei pensar. Vamos lá!


     1- Música que mais adora || Livro que mais adora

Of Monster and Men- Organs ( https://www.youtube.com/watch?v=hJZDHW6txk4 ) || 
Quem é você, Alasca?- John Green













2- Música que mais odeia || Livro que mais odeia
Michel Telo- Ai se eu te pego ( https://www.youtube.com/watch?v=hcm55lU9knw ) || 
Destrua Esse Diário- Keri Smith]

3- Música que te deixa triste || Livro que te deixa triste 
Kodaline- All I Want ( https://www.youtube.com/watch?v=mtf7hC17IBM ) ||
A Culpa é das Estrelas- John Green

4- Música que te lembra alguém || Livro que te lembra alguém 
Pink Floyd- Wish You Were Here (https://www.youtube.com/watch?v=IXdNnw99-Ic ) ||
Viagem ao Centro da Terra- Júlio Verne 

5. Música que te deixa feliz || Livro que te deixa feliz
Christina Perri- The Words ( https://www.youtube.com/watch?v=B9tc9R_Y3FY )||
A Vida do Livreiro A.L Fikry- Gabrielle Zevin

6. Música que te lembra de um momento específico || Livro que te lembra de um momento específico
Charlie Brown Jr.- Dias de Luta, Dias de Glória ( https://www.youtube.com/watch?v=i4FQJ7Qi14o ) || 
Harry Potter e a Ordem da Fênix- J.K. Rowling

7. Música que você sabe a letra perfeitamente || Livro que você já decorou algumas falas
Ed Sheeran- All of the Stars ( https://www.youtube.com/watch?v=nkqVm5aiC28 ) || 
Percy Jackso- Ladrão de Raios- Rick Riordan 

8. Música que te faz dançar || Livro que te faz querer dar pulinhos de alegria
My Chemical Romance- Planetery (GO) ( https://www.youtube.com/watch?v=UvfNmXbVHi4||
Belo Desastre- Jamie McGuire

9. Música que te ajuda a dormir || Livro que te ajuda a dormir
The a Team versão da Birdy ( https://www.youtube.com/watch?v=p856dtR4mms || 
Desventuras em série- Lemony Snicket

10. Música que você gosta secretamente || Livro que você gosta secretamente
Taylor Swift- Love Story ( https://www.youtube.com/watch?v=8xg3vE8Ie_E ) ||
Saga Crepúsculo- Stephenie Meyer

11. Música com a qual você se identifica || Livro com o qual você se identifica
Los Hermanos- Sentimental ( https://www.youtube.com/watch?v=n2nMv-eULfg )  ||
As Vantagens de ser Invisível- Stephen Chbosky

12. Música que costumava gostar, mas agora odeia || Livro que você gostou quando leu, mas perdeu o encanto quando releu
Tiê- Quando chega a noite ( https://www.youtube.com/watch?v=1Ngn3fZIK2E ) || 
Infelizmente não reli nenhum livro :/

13. Música de um disco favorito || Livro de uma série favorita
Quando bate aquela saudades- Pearl, Rubel ( https://www.youtube.com/watch?v=tMWpm_GOLaA) ||
Maldição do Titã, Percy Jackson e os Olimpianos- Rick Riordan

14. Música que você sabe tocar com algum instrumento|| Poema que você saiba de cor
The Pretty Reckless- You ( https://www.youtube.com/watch?v=eUMwFaXTM3s ) ||
Autopsicografia- Fernando Pessoa: 
"O poeta é um fingidor.

Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente."


15. Música que você gostaria de cantar em público || Livro que você gostaria de ler para alguém
Jake Bugg- Two Fingers ( https://www.youtube.com/watch?v=J9XwFecNXyU||
Ladrão de Raios- Rick Riordan 

16. Música que você gosta de ouvir para dirigir || Livro que você gosta de ler em transportes públicos
Toda Poesia- Paulo Leminski

17. Música da sua infância || Livro da sua infância
Isa TKM- Debia ser Amor ( https://www.youtube.com/watch?v=xaClcCn-SXY ) || 
Poderosa- Sérgio Klein

18. Música que ninguém imagina que você goste || Livro que ninguém imagina que você goste
Becky G- Built For This ( https://www.youtube.com/watch?v=OH7WgtuUZVA ) || 
Garota americana- Meg Cabot

19. Música que você quer que toque no seu funeral || Quote de um livro que você gostaria que fosse lido no seu funeral
My Chemical Romance- Welcome to the Black Parade ( https://www.youtube.com/watch?v=kDWgsQhbaqU ) ||
Então, eu acho que somos quem somos por várias razões. E talvez nunca conheçamos a maior parte delas. Mas mesmo que não tenhamos o poder de escolher quem vamos ser, ainda podemos escolher aonde iremos a partir daqui. Ainda podemos fazer coisas. E podemos tentar ficar bem com elas. As Vantagens de ser invisível- Stephen Chbosky



20. Música que você quer que toque no seu casamento || Quote de um livro que você gostaria de ler no seu casamento
Guns N' Roses- November Rain ( https://www.youtube.com/watch?v=8SbUC-UaAxE|| 
Mas Gus, meu amor, você não imagina o tamanho da minha gratidão pelo nosso pequeno infinito. Eu não trocaria por nada nesse mundo. Você me deu uma eternidade dentro dos nossos dias numerados, e eu sou muito grata por isso. A culpa é das Estrelas- John Green





Espero que tenham gostado
Muitos beijos
Cherry Suicide

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

41° postagem: resenha HQ O Rei Amarelo

Em mais uma aventura com os quadrinhos...

 Me deparei no meio de uma fila da Comic Con Experience com um cartaz escrito: O Rei Amarelo e um desenho estranho na frente. Mais tarde quando voltei, descobri que atrás da estranha capa eu encontraria um mundo medonho resumido em 8 historias desenhadas e pensadas por autores e desenhistas diferentes.


  Há muito tempo eu tentei ler o livro O Rei Amarelo, 10 contos do autor Robert William Chambers, mas só acabei o primeiro. Achei a linguagem um pouco difícil por ser um livro lançado no séc. XIX, mas o estilo não poderia ser melhor. Li uma reportagem dele no dia das bruxas, sendo indicado como um ótimo livro gótico, mas contam as lendas que ele seria perfeito não fosse o fato de todos os que leem suas páginas são morbidamente afetados por elas. Segundo minhas pesquisas, os contos são ligados entre si e foram parte do que chamavam de weird fiction, o terror cósmico. Cercado de mitologia e suspense, você precisa se esforçar para entender o que Chambers passa para você em suas histórias. Só lendo para entender toda essa loucura que aparentemente penetra em você.


Nos quadrinhos a sensação não é diferente. São histórias diferentes que se passam em épocas diferentes e tem traços diferentes. Cada uma mais intrigante que a outra. Desde a relativização do homem pela tecnologia até possessões que levam pessoas a fazerem coisas absurdas, sendo conduzidas por uma força que tomou controle de tudo.... Reconhece? Parece exatamente o que o livro propõe. Além desses, temos desde Edgar Allan Poe em uma sociedade secreta até um casal descontruído pelas loucuras que invadiram a mente do homem. Desde rituais na floresta até uma embarcação fantasma controlada por ratos nojentos. Desde sacrifícios para a loucura até o repudio pelas “modinhas”. Todos os temas abordados de forma magnifica com desenhos que impressionam, chocam de tanto realismo, de tão detalhados que são. Mostram cenas chocantes que chegam a ser grotescas, têm profundidade, tem sentimento, as vezes eu sentia um aperto no coração de ver as imagens, mas as histórias são tão intrigantes que eu não conseguia parar de ler. Várias vezes tive que voltar e analisar cada quadro com mais calma, absorvendo cada traço, cada sentimento e sensação.

  O trabalho dos autores e artistas foi muito bem feito. Uma parceria que não podia ter dado mais certo. Além de capturar a essência sombria do livro original, em alguns contos eles apresentam problemas da nossa realidade atual, como se alguns males da sociedade fossem uma força que toma total controle de você até não sobrar mais nada “de você”. Não podia ser melhor. Parabenizo todos que participaram do projeto, brasileiro, com muito conteúdo e muito bem feito.

  A experiência do livro ficou ainda melhor quando eu conheci alguns dos autores/desenhista que fizeram parte da composição do quadrinho. Eles foram muito atenciosos, legais, engraçados e têm muito orgulho do que fizeram. Além dos autógrafos, tive a oportunidade de conhecer o trabalho deles e os segredos escondidos no meio do livro.

  Segundo o site Boca do Inferno ( http://bocadoinferno.com.br/artigos/2015/12/as-13-melhores-hqs-de-horror-e-ficcao-cientifica-de-2015/ ), O Rei Amarelo ficou em SEGUNDO lugar como Melhor HQ de Horror e Ficção Científica de 2015. Mais que merecido. 

Passagens Favoritas (com o mínimo de Spoiler):




















































Espero que tenham gostado
Muitos beijos

Cherry Suicide