Quem leu minha última resenha sabe que eu
meio que... julguei o livro pela capa. Eu sei que isso é errado, além de ser um
dos principais mandamentos para um leitor, mas não pude evitar. Com o livro Lobos
não Choram não foi diferente, ainda mais que tinha acabado de acabar um livro fantástico
que me deixou com uma ressaca muito grande (breve resenha). Achava que seria
mais uma simples história, até meio sem sal, de um romance de lobos: ela
submissa e especial e ele nervoso, mas que precisa dela para viver. MAS NOSSA! como
eu estava errada.
Para entender melhor o livro, a editora
colocou o conto “Alfa e Ômega”, que pertencia à coletânea “A Caça”, no final para
quem quisesse entender de onde veio algumas das informações principais da história,
mas o que me prendeu na leitura foi mais que o romance ou essas informações
extras, foi o conflito principal. Ele se passa em poucos dias, assim que a
jovem lobo Anna, um ômega raro com
poder de acalmar até o mais raivoso lobo, é resgatada do sofrimento e do abuso
pelo filho do lobo chefe, Charles. Depois de uma intensa luta com a alcateia de
Chicago, Anna acompanha o jovem e seu pai até Montana para a nova alcateia. Já
era meio óbvio que um casal nasceria, mas o jeito como foi criado e escrito fez
ficar mais intenso que um simples romance: uma história de necessidade. Ela era
dele... e ele era dela. Após chegarem na casa de Charles, o casal recebe a
missão de ir atrás de um lobo desgarrado que anda matando algumas pessoas na
floresta próxima. Com várias corridas, sapatos de neve, lendas e momentos
tensos, o resto da história se passa na nessa floresta congela e lá descobrem o
mistério por trás dos assassinatos e dos problemas que andavam acontecendo.
Tão rápido quanto as ações acontecem, acabei
o livro em poucos dias e o romance, o conflito e a escrita já deixaram
saudades. Patricia Briggs em 295 páginas fez meu coração apertar quando alguém quase
morria, quando alguém ganhava um abraço ou quando um pelo ganhava um carinho. Gestos
e sentimentos que mudam tudo. Uma coisa legal é que a autora explora muitas
lendas e lugares precisando nos dar informações diferentes e mais concretas
para fazer sentido no contexto da história. Para isso, ela coloca aqueles
numerinhos com as explicações necessárias no rodapé, que vão desde lugares em
Chicago e Montana até lendas de criaturas e tribos antigas. Espero que os
próximos livros da sequência sejam tão bons quanto o primeiro livro.
Podem julgar ou até desistir de ler pelo
próximo comentário, mas para mim é uma mistura de Crepúsculo, pelo romance e
pelas ações rápidas, com uma pitada de Belo Desastre (<3), de Jamie McGuire,
no amor necessário, especial, submisso e poderoso do casal Anna e Charles.
“Então se
perguntou por que ter esperança era muito mais difícil do que ser tomada pelo
desespero. ” Pág. 88
“Charles ficava constantemente para trás, e Anna juntava-se a ele quando ele se distanciava da alcateia. Na frente dos outros lobos, ele se comportava com dignidade solene. Quando estavam sozinhos, Charles de repente se esquivava para o lado, fazendo-a cair antes que Anna pudesse se preparar, e o jogo continuava. [...] ” Pág. 294
Espero que tenham gostado
Muitos beijos
Cherry Suicide
Beco do Batman- 2014
Foto original da CS
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