quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

44° postagem: Resenha Lobos não Choram

Olá leitores,
  Quem leu minha última resenha sabe que eu meio que... julguei o livro pela capa. Eu sei que isso é errado, além de ser um dos principais mandamentos para um leitor, mas não pude evitar. Com o livro Lobos não Choram não foi diferente, ainda mais que tinha acabado de acabar um livro fantástico que me deixou com uma ressaca muito grande (breve resenha). Achava que seria mais uma simples história, até meio sem sal, de um romance de lobos: ela submissa e especial e ele nervoso, mas que precisa dela para viver. MAS NOSSA! como eu estava errada.
  Para entender melhor o livro, a editora colocou o conto “Alfa e Ômega”, que pertencia à coletânea “A Caça”, no final para quem quisesse entender de onde veio algumas das informações principais da história, mas o que me prendeu na leitura foi mais que o romance ou essas informações extras, foi o conflito principal. Ele se passa em poucos dias, assim que a jovem lobo Anna, um ômega raro com poder de acalmar até o mais raivoso lobo, é resgatada do sofrimento e do abuso pelo filho do lobo chefe, Charles. Depois de uma intensa luta com a alcateia de Chicago, Anna acompanha o jovem e seu pai até Montana para a nova alcateia. Já era meio óbvio que um casal nasceria, mas o jeito como foi criado e escrito fez ficar mais intenso que um simples romance: uma história de necessidade. Ela era dele... e ele era dela. Após chegarem na casa de Charles, o casal recebe a missão de ir atrás de um lobo desgarrado que anda matando algumas pessoas na floresta próxima. Com várias corridas, sapatos de neve, lendas e momentos tensos, o resto da história se passa na nessa floresta congela e lá descobrem o mistério por trás dos assassinatos e dos problemas que andavam acontecendo.
  Tão rápido quanto as ações acontecem, acabei o livro em poucos dias e o romance, o conflito e a escrita já deixaram saudades. Patricia Briggs em 295 páginas fez meu coração apertar quando alguém quase morria, quando alguém ganhava um abraço ou quando um pelo ganhava um carinho. Gestos e sentimentos que mudam tudo. Uma coisa legal é que a autora explora muitas lendas e lugares precisando nos dar informações diferentes e mais concretas para fazer sentido no contexto da história. Para isso, ela coloca aqueles numerinhos com as explicações necessárias no rodapé, que vão desde lugares em Chicago e Montana até lendas de criaturas e tribos antigas. Espero que os próximos livros da sequência sejam tão bons quanto o primeiro livro.
  Podem julgar ou até desistir de ler pelo próximo comentário, mas para mim é uma mistura de Crepúsculo, pelo romance e pelas ações rápidas, com uma pitada de Belo Desastre (<3), de Jamie McGuire, no amor necessário, especial, submisso e poderoso do casal Anna e Charles.

Passagens Favoritas

“Então se perguntou por que ter esperança era muito mais difícil do que ser tomada pelo desespero. ” Pág. 88

“Charles ficava constantemente para trás, e Anna juntava-se a ele quando ele se distanciava da alcateia. Na frente dos outros lobos, ele se comportava com dignidade solene. Quando estavam sozinhos, Charles de repente se esquivava para o lado, fazendo-a cair antes que Anna pudesse se preparar, e o jogo continuava. [...] ” Pág. 294  

Espero que tenham gostado
Muitos beijos

Cherry Suicide 

Beco do Batman- 2014
Foto original da CS

Nenhum comentário:

Postar um comentário