sexta-feira, 15 de julho de 2016

47° postagem: Resenha A Espada do Verão

Olá leitores,

[SPOILER]

        Quem me conhece sabe da minha paixão por Rick Riordan. Agora, é com imenso prazer que resenho um de seus mais recentes livros.

        Magnus é um jovem que, após a morte repentina e chocante de sua mãe, começa a morar na rua. Acompanhado por dois amigos, Blitz e Hearth, segue sua vida difícil e incerta. Porém, um dia, uma jovem loira, acompanhada de seu pai, distribui panfletos por Londres com a foto do jovem mendigo. Alertado por Blitz, Magnus foge e se esconde sem saber que a menina é sua prima, Annabeth Chase, filha de Atena na saga Percy Jackson e o Ladrão de Raios. Depois desse evento, as coisas começam a ficar estranhas. Após ouvir uma conversa entre Annabeth e seu pai, Magnus decide ir até a casa de seu tio Randolph para conseguir algumas respostas. É lá, conversando com o odiado tio, que Magnus descobre ser filho de um deus nórdico, Frey.

       Depois da conversa reveladora, de maneira reduzida, Magnus acaba lutando com um gigante de fogo usando uma espada enferrujada que, deuses sabe como, tirou de um lago. Essa tão destruída espada é a própria arma de seu pai, perdida anos atrás e agora essencial para que um plano maligno se concretize (#LeiaEDescubra). Aí ele morre. É com essa morte que o enredo principal começa. Magnus segue para Valhala, o lar para guerreiros que morreram em combate nobre. Ele foi resgatado por uma valquíria chamada Samirah que acompanha o herói em boa parte do livro. O objetivo das valquírias é resgatar esses combatentes nobres e leva-los para o santuário onde vão treinar para o Ragnarök, dia do Juízo Final para os nórdicos. Blitz e Hearts se revelam-se Blitzen, um anão com um estilo peculiar, e Hearthstone, um elfo surdo e mudo. Ambos, com diferentes poderes e qualidades, ajudam Magnus durante sua viagem.

         No decorrer do livro nos deparamos com palavras como Midgard, Asgard, Bifrost, Thor, Loki e Odim, familiares para fã de Os Vingadores e do filme do Thor da Marvel. O modo como Riordan trata a mitologia é igual ao outros livros. Mistura esse mundo fantasioso com objetos e ações cotidianas, sempre com aquele bom humor jovem e sarcástico que acompanha Jackson desde a primeira série. Magnus segue o perfil dos personagens principais de escritor: o jovem incompreendido que não sabe que é muito especial e quando descobre precisa salvar o mundo logo de cara. Repetitivo? Talvez, mas não enjoativo. A leitura sempre fluída e gostosa de acompanhar.

        Cada capítulo é iniciado com um título bizarro, aqueles que tanto sentimos falta na série Heróis do Olimpo. “O Homem com sutiã de metal”, “Abra caminho para os patos, senão vai levar um pescotapa” e “Eu não pedi bíceps” são alguns exemplos.

        Como titio Rick não deixar passar, referências e mais referências recheiam o livro! Não podia ser melhor. 444 página com capítulos variando um pouco de tamanho, mas em geral não são muito longos, todos narrados por Magnus. A Espada do Verão é o primeiro volume da série Magnus Chase e os Deuses de Asgard. O segundo livro chama O Martelo de Thor (Capas americanas sendo produzidas: https://twitter.com/SOLurie/status/752583959700180993/photo/1?utm_source=fb&utm_medium=fb&utm_campaign=camphalfblood&utm_content=752584242677239808 )


              Sinopse: “O martelo de Thor desapareceu novamente. O deus do trovão tem o hábito perturbador de perder a sua arma - a força mais poderosa nos nove mundos. Mas desta vez o martelo não está apenas perdido, ele caiu em mãos inimigas. Se Magnus Chase e seus amigos não recuperarem o martelo rapidamente, o mundo dos mortais estará indefeso contra um ataque de gigantes. O Ragnarök começará. Os nove mundos queimarão. Infelizmente, a única pessoa que pode mediar um acordo para o retorno do martelo é o pior inimigo dos deuses, Loki - e o preço que ele quer é muito alto.”

Passagens Favoritas:

“Mitos nada mais são do que histórias sobre verdades que esquecemos.” Pág. 32

“Você parece o Kurt Cobain, minha mãe dizia, para me provocar. Eu adorava o Kurt, pena que ele morreu.
Ah, adivinha mãe!, pensei. Agora t
ambém tenho isso em comum com ele.” Pág. 102

[Magnus está cansado de levar uma espada gigante por ai.]
“-Sei lá. Alguma coisa que caiba no bolso e seja inofensiva. Uma caneta, talvez?
   A espada pulsou, quase como se estivesse rindo. Imaginei-a dizendo: Uma caneta que vira uma espada. É a coisa mais idiota que já ouvi.” Pág. 221

“Hearthstone desmaia ainda mais do que Jason Grace (embora eu não faça ideia de quem seja esse cara” Título pág. 309

“Talvez eu devesse me ressentir dele, mas não o fiz. Depois de perder minha mãe, eu não tinha mais tempo para ressentimentos. Meus anos nas ruas me ensinaram que não adianta choramingar e remoer o que se poderia ter tido, o que eu merecia, o que era justo. Só estava feliz de ter aquele momento” Pág. 418 


Espero que tenham gostado
Beijos 
Cherry Suicide 

segunda-feira, 11 de julho de 2016

46° postagem: Resenha Se Eu Ficar

Olá leitores,
De maneira geral, gostei muito do filme Se Eu Ficar, protagonizado por Chloë Grace Moretz. Ele me emocionou muito e arrancou aquelas lágrimas esperadas. Porém, ao mesmo tempo, não esperava muito do livro. Para mim, seria uma leitura boba e rápida, apenas para ter uma ideia da base do filme, mas a leitura envolvente de Gayle Forman me proporcionou uma experiência tão emocionante quanto o filme.
Mia é um prodígio no violoncelo. Mora em Oregon com sua família, rockeiros clássicos, e parece que nunca se encaixou de verdade nesse meio, principalmente quando escolheu a música clássica como gosto e objetivo de vida. Durante o segundo ano do colégio, ela conhece Adam, garoto com um estilo próprio bem marcante, vocalista e guitarrista de uma banda de rock chamada “Shooting Star”, que começou a fazer sucesso nessa época.

Mia e Adam, embora bem diferentes, se conectam de um jeito especial, principalmente pelo amor à música. Porém, essa mesma música que aproximou o casal pode agora separa-los, pois enquanto ela está concorrendo para um vaga em Juilliard, ele tem turnês e contratos para fechar por conta de banda.
Esse romance é uma das “histórias” contadas no livro. O enredo é dividido entre as lembranças de Mia, desde com sua família e amigos alternativos, audição para Julliard, brincadeiras com seu irmão Teddy, conversas com a amiga Kim e o tempo que passou com Adam; e sua visão no hospital, enquanto seu corpo está em coma após um acidente que destruiu toda sua vida. Nessa parte, Mia entra no dilema: e se eu ficar.


As passagens no hospital são marcadas por horários (5h42), momentos que Mia anda da UTI até a sala de espera ou que recebe visitas, por mais batalhadas que elas sejam (#LeiaEDescrubra). A capa lançada depois do filme mostra cenas do longa-metragem e é muito conceitual, colocando tudo de mais importante. Tome muito cuidado com as emoções nas últimas páginas do livro! Conforme você vai lendo, vai entrando na cena, vai se envolvendo, vai querendo e.... PUF! o livro acaba faltando 15 páginas e você fica pensando “como assim acabou AGORA?”. Isso por que essa edição também contém um trecho do próximo livro, Para Onde Ela Foi e uma entrevista realizada pela autora com Chloë Moretz (Mia) e Jamie Blackley (Adam).

 O livro é tranquilo e muito gostoso de ler, 193 páginas rápidas que deixam uma sensação gostosa no coração, um aperto e uma necessidade de comprar o próximo. O filme é extremamente fiel ao livro, com passagens parecidas e até aprofundadas, seguindo o mesma forma: lembranças de Mia e momentos no hospital.

Passagens favoritas:

"Depois de 10 minutos tocando, minha ficha caiu: minha aversão aos shows de Adam não tinha nada a ver com a música, nem com as tietes, muito menos com ciúmes. O problema eram as dúvidas. As mesmas dúvidas perturbadoras que sempre tive em relação a não fazer parte de alguma coisa. Eu sentia como se não fizesse parte da minha família e agora era como se eu não pertencesse ao mundo do Adam, exceto pelo fato de que, diferentemente da minha família, que tinha um vínculo comigo, Adam havia me escolhido. E isso eu não conseguia compreender. Por que ele se apaixonou por mim? Não fazia o menor sentido.” Pág. 79

“Quando estava com Adam, pelo menos depois daquelas primeiras e estranhas semanas, me senti tão bem que não me incomodei em pensar sobre o que estava acontecendo comigo, com a gente. Tudo parecia tão normal e certo [...]” Pág 164

“– Estou dizendo tudo isso por um motivo – prossegue ela – Tem mais ou menos umas vinte pessoas lá na sala de espera agora. Algumas são da sua família, outras não. Mas todos nós somos a sua família agora.
Kim interrompe a fala. Inclina-se para se aproximar de mim e as mechas de seu cabelo fazem cócegas no meu rosto. Ela me dá um beijo na testa.
          
- Você ainda tem uma família.”  Pág. 182 



Espero que tenham gostado
Beijos
Cherry Suicide