segunda-feira, 11 de julho de 2016

46° postagem: Resenha Se Eu Ficar

Olá leitores,
De maneira geral, gostei muito do filme Se Eu Ficar, protagonizado por Chloë Grace Moretz. Ele me emocionou muito e arrancou aquelas lágrimas esperadas. Porém, ao mesmo tempo, não esperava muito do livro. Para mim, seria uma leitura boba e rápida, apenas para ter uma ideia da base do filme, mas a leitura envolvente de Gayle Forman me proporcionou uma experiência tão emocionante quanto o filme.
Mia é um prodígio no violoncelo. Mora em Oregon com sua família, rockeiros clássicos, e parece que nunca se encaixou de verdade nesse meio, principalmente quando escolheu a música clássica como gosto e objetivo de vida. Durante o segundo ano do colégio, ela conhece Adam, garoto com um estilo próprio bem marcante, vocalista e guitarrista de uma banda de rock chamada “Shooting Star”, que começou a fazer sucesso nessa época.

Mia e Adam, embora bem diferentes, se conectam de um jeito especial, principalmente pelo amor à música. Porém, essa mesma música que aproximou o casal pode agora separa-los, pois enquanto ela está concorrendo para um vaga em Juilliard, ele tem turnês e contratos para fechar por conta de banda.
Esse romance é uma das “histórias” contadas no livro. O enredo é dividido entre as lembranças de Mia, desde com sua família e amigos alternativos, audição para Julliard, brincadeiras com seu irmão Teddy, conversas com a amiga Kim e o tempo que passou com Adam; e sua visão no hospital, enquanto seu corpo está em coma após um acidente que destruiu toda sua vida. Nessa parte, Mia entra no dilema: e se eu ficar.


As passagens no hospital são marcadas por horários (5h42), momentos que Mia anda da UTI até a sala de espera ou que recebe visitas, por mais batalhadas que elas sejam (#LeiaEDescrubra). A capa lançada depois do filme mostra cenas do longa-metragem e é muito conceitual, colocando tudo de mais importante. Tome muito cuidado com as emoções nas últimas páginas do livro! Conforme você vai lendo, vai entrando na cena, vai se envolvendo, vai querendo e.... PUF! o livro acaba faltando 15 páginas e você fica pensando “como assim acabou AGORA?”. Isso por que essa edição também contém um trecho do próximo livro, Para Onde Ela Foi e uma entrevista realizada pela autora com Chloë Moretz (Mia) e Jamie Blackley (Adam).

 O livro é tranquilo e muito gostoso de ler, 193 páginas rápidas que deixam uma sensação gostosa no coração, um aperto e uma necessidade de comprar o próximo. O filme é extremamente fiel ao livro, com passagens parecidas e até aprofundadas, seguindo o mesma forma: lembranças de Mia e momentos no hospital.

Passagens favoritas:

"Depois de 10 minutos tocando, minha ficha caiu: minha aversão aos shows de Adam não tinha nada a ver com a música, nem com as tietes, muito menos com ciúmes. O problema eram as dúvidas. As mesmas dúvidas perturbadoras que sempre tive em relação a não fazer parte de alguma coisa. Eu sentia como se não fizesse parte da minha família e agora era como se eu não pertencesse ao mundo do Adam, exceto pelo fato de que, diferentemente da minha família, que tinha um vínculo comigo, Adam havia me escolhido. E isso eu não conseguia compreender. Por que ele se apaixonou por mim? Não fazia o menor sentido.” Pág. 79

“Quando estava com Adam, pelo menos depois daquelas primeiras e estranhas semanas, me senti tão bem que não me incomodei em pensar sobre o que estava acontecendo comigo, com a gente. Tudo parecia tão normal e certo [...]” Pág 164

“– Estou dizendo tudo isso por um motivo – prossegue ela – Tem mais ou menos umas vinte pessoas lá na sala de espera agora. Algumas são da sua família, outras não. Mas todos nós somos a sua família agora.
Kim interrompe a fala. Inclina-se para se aproximar de mim e as mechas de seu cabelo fazem cócegas no meu rosto. Ela me dá um beijo na testa.
          
- Você ainda tem uma família.”  Pág. 182 



Espero que tenham gostado
Beijos
Cherry Suicide 

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