segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

23° postagem - Resenha Cidades de Papel

Olá leitores,

   Como na maioria dos livros do John, o personagem principal de Cidades de Papel é um menino nada popular na escola, geralmente inteligente (em um nível normal ou em um nível nada normal) com seus fiéis amigos.

             Nessa história acompanhamos a aventura de Quentin Jacobsen em dois momentos, quando sua paixão de infância Margo Roth Spiegelman invade seu quarto durante a madrugada e leva Q para grandes aventuras pela cidade de Orlando e na manhã seguinte quando o paradeiro de Margo torna-se um mistério.
             
               Acho que o livro gira em torna de duas coisas principais: Cidades fantasmas e Cidades de Papel. John foca principalmente na parte de refletir sobre a solidão, sobre o que é ser uma pessoa, como podemos ser outras pessoas ou achar que conhecemos as pessoas, o que é uma cidade de papel e como todas as pessoas de papel estão ligadas a ela.
              
               A historia principal é realmente a procura de Margo, todas as pistas que ela deixa, as descobertas filosóficas de Q e tudo que ele precisa passar para encontrá-la
   No meio do livro você pode ser o fã numero 1 da Margo ou seu pior inimigo. Eu não gostava muito da atitude de Margo, ainda mais quando acharam que ela só estava fazendo isso para chamar atenção, eu realmente acreditava que era isso. Quando o final do livro chega ai sim você tem raiva, mas depois você se acalma. No meu caso continuei sem entender os reais objetivos de Margo ao deixar tudo para trás.
   
   Mesmo com toda a busca de Q os textos de John continuam com todo aquele humor e aquele jeito adolescente revoltado de escrever tornando a leitura mais fácil, mas quando ele começa a refletir, se prepare para viajar muitas vezes e reler o mesmo parágrafo mais vezes ainda.
  
 Também vemos o quanto podemos nos sacrificar por alguém que "amamos", mas no final das contas percebemos que não conhecemos essa pessoa realmente. Esse deve ser o livro com mais reflexões que John já escreveu.
    Minha parte favorita é um capítulo onde Q está limpando seu armário da escola e começa a ver tudo uma última vez já que nunca mais vai voltar, fala sobre tudo que aconteceu ficou para trás, nunca mais teria que esperar os amigos nem olhar a cada segundo para o relógio. Na minha opinião essa é a parte mais legal. (pág. 260 a 262)
   
   Embora esteja cheio das reflexões cansativas, os pensamentos por trás da história são bem formulados e podem fazer você refletir.


Escala Cherry Suicide: Ótimo

Passagens Favoritas:

"Gostava de sentir o tédio. Não queria gostar, mas gostava." pág.32

"No futuro. E agora a vida se tornou o futuro. Todos os momentos da vida são vividos no futuro [...]"- pág 42

"Esse medo não pode ser comparado a nenhum medo que um dia conheci. É a emoção mais básica de todas, uma sensação que já estava conosco antes de existirmos, antes de este prédio existir, antes de a Terra existir. Foi este medo que fez os peixes rastejarem para a terra e desenvolverem pulmões, o medo que nos ensina a correr, o medo que nos faz enterrar nossos mortos.”- pág. 164

"Quero sair de lá, mas até onde sei o rangido pode vir de Margo. Ou de viciados em crack."- pág. 168

"Conversar com um bêbado é o mesmo que conversar com uma criança de 3 anos extremamente feliz e com dano cerebral"- pág.206

"- O sempre é composto de agoras [...]"- pág.

“[...] Margo não era um milagre. Não era uma aventura. Nem uma coisa sofisticada e preciosa. Ela era uma garota.”- pág. 228 

Foto do blog :
http://www.just-carol.com/2013/10/resenha-cidades-de-papel.html

Espero que tenham gostado,
beijos
Cherry Suicide

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