Vamos pensar positivo e achar os pontos legais do livro.
O lado bom da vida conta a historia de Pat Peoples, um doente mental, ex professor de historia e um cara super positivo que sonha em voltar com sua ex mulher Nikki, acabar com o “tempo separados” que, para Pat, durou poucos meses, mas na verdade durou anos.
Devo admitir que não foi um dos melhores livros que li. Um ponto que gostei muito foi o fato de Pat ter problemas mentais, ele é como uma criança alta que sempre precisa de cuidados especiais, atenção 24 horas, tomar todos os remédios e não pode fazer nada sozinho, me fez pensar em problemas mentais em geral, perceber que muitos deles vivem nesse mundinho perfeito que não faz sentido para ninguém, só para ele, mesmo não gostando muito do personagem.
Pat sonha em retomar sua vida, começar do zero e ser o marido perfeito para Nikki. Ele não lembra de nada desde que entrou na reabilitação e só saiu de lá depois de anos, lembrando do por que de ter ido para o “lugar ruim” apenas no final do livro e fazendo Pat voltar a realidade.
Ele sempre pensa positivo, sempre espera o melhor do mundo e das pessoas, mas todos sabemos que o mundo não é assim, o mundo é cruel.
Ele começa a ler livros que sua ex-mulher passava para seus alunos nas aulas de literatura e fica indignado com a grande depressão e os finais horríveis que tem cada livro. Começa a ver apenas o filme que é sua vida.
Pat não é um personagem que me agrada muito, tento entender que ele tem problemas mentais, mas não consigo engolir que ele tenha tanta dependência. Outro problema é que Pat idealiza muito seu corpo, corre com um saco de lixo e dorme no sótão para poder suar mais e perder mais peso, isso me irrita.
Por outro lado, sou apaixonada por Tiffany. Seu caráter, seu jeito, suas falas, tudo me faz pensar que ela teve uma vida difícil depois de perder o marido e esse jeito fechado e irritado me faz pensar que ela é a personagem mais verdadeira do livro todo, odiada por todos, pensam que ela faz mal para Pat.
Eximia dançarina, ajuda Pat a se comunicar com Nikki em troca de Pat dançar com ela na “Dança Contra Depressão” , mas tudo tem uma reviravolta no final do livro.
Quando digo que não foi o melhor livro que eu li e por que não tive emoções fortes ao ler, não senti o que Pat sentia e não chorei em nenhum momento, livros que me fazem chorar sempre são os melhores livros que leio.
A adaptação do livro também não é grande coisa que esperamos sempre de uma adaptação.
Partes que não tem no livro foram anexadas e partes legais e essenciais ao foram retiradas. A personalidade dos personagens também não se compara com o livro. Pat era até calmo no livro e não lembrava de seu crie até o final do livro, coisa que não aconteceu no livro , o pai de Pat era muito explosivo e não falou com o filho até o final do livro, diferente do filme, que logo no começo já leva um caloroso abraço do pai. Tiffany é a exata copia do livro, gostei muito e imaginava o psicólogo de Pat mais novo.
As Partes que mais gostei no filme foram quando Pat joga um livro pela janela, a presença de Kenny G (o cantor) e a dança de Pat e Tiffany.
Uma parte que gostei do livro foi a pág. 169, onde Matthew Quick (estava na Bienal do Rio e só não viajei por que tinha prova, e está ai a escola me frustrando mais uma vez) apresenta a oportunidade de lemos esse capitulo ouvindo uma musica de fundo, uma musica tema que Pat acha que combina com sua narração. A musica é “Gonna Fly Now” dos filmes do Rocky.
Em pequenos capítulos, Matthew Quick apresenta uma leitura rápida e fácil, com muito futebol americano, amor não compreendido e pessoas com problemas mentais.
Passagens favoritas;
"[...] Dói olhar para as nuvens, mas tembém ajuda, como a maioria das coisas que causam dor"
pág. 20
"[...] para que adolescentes deprimidas vejam que há esperança, e que você só precisa resistir durante o tempo suficiente"
pág. 110
"-A vida é dura, Pat, e os jovens têm de saber quão difícil ela pode ser."
pág. 116
"[...]SE VOCÊ NÃO CONSEGUIR NA PRIMEIRA VEZ, COMPRE UMA ARMA [...]"
pág. 154
" [...] a vida não é um filme de censura livre para fazer com que a pessoas se sinta bem. Muitas vezes a vida real acaba mal, [...]"
Espero que você tenha gostado
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Muitos beijos
Cherry Suicide