Olá leitores,
De maneira geral, gostei muito do
filme Se Eu Ficar, protagonizado por Chloë Grace Moretz. Ele me emocionou muito
e arrancou aquelas lágrimas esperadas. Porém, ao mesmo tempo, não esperava
muito do livro. Para mim, seria uma leitura boba e rápida, apenas para ter uma
ideia da base do filme, mas a leitura envolvente de Gayle Forman me
proporcionou uma experiência tão emocionante quanto o filme.
Mia é um prodígio no violoncelo.
Mora em Oregon com sua família, rockeiros clássicos, e parece que nunca se
encaixou de verdade nesse meio, principalmente quando escolheu a música
clássica como gosto e objetivo de vida. Durante o segundo ano do colégio, ela
conhece Adam, garoto com um estilo próprio bem marcante, vocalista e
guitarrista de uma banda de rock chamada “Shooting Star”, que começou a fazer
sucesso nessa época.
Mia e Adam, embora bem
diferentes, se conectam de um jeito especial, principalmente pelo amor à música.
Porém, essa mesma música que aproximou o casal pode agora separa-los, pois
enquanto ela está concorrendo para um vaga em Juilliard, ele tem turnês e
contratos para fechar por conta de banda.
Esse romance é uma das
“histórias” contadas no livro. O enredo é dividido entre as lembranças de Mia,
desde com sua família e amigos alternativos, audição para Julliard,
brincadeiras com seu irmão Teddy, conversas com a amiga Kim e o tempo que
passou com Adam; e sua visão no hospital, enquanto seu corpo está em coma após
um acidente que destruiu toda sua vida. Nessa parte, Mia entra no dilema: e se
eu ficar.
As passagens no hospital são
marcadas por horários (5h42), momentos que Mia anda da UTI até a sala de espera ou que recebe visitas, por
mais batalhadas que elas sejam (#LeiaEDescrubra). A capa lançada depois do
filme mostra cenas do longa-metragem e é muito conceitual, colocando tudo de
mais importante. Tome muito cuidado com as emoções nas últimas páginas do
livro! Conforme você vai lendo, vai entrando na cena, vai se envolvendo, vai
querendo e.... PUF! o livro acaba faltando 15 páginas e você fica pensando “como assim acabou AGORA?”. Isso por que essa edição também contém um trecho do
próximo livro, Para Onde Ela Foi e uma entrevista realizada pela autora com
Chloë Moretz (Mia) e Jamie Blackley (Adam).
O livro é tranquilo e muito gostoso de ler,
193 páginas rápidas que deixam uma sensação gostosa no coração, um aperto e uma
necessidade de comprar o próximo. O filme é extremamente fiel ao livro, com
passagens parecidas e até aprofundadas, seguindo o mesma forma: lembranças de
Mia e momentos no hospital.
Passagens favoritas:
"Depois de 10 minutos
tocando, minha ficha caiu: minha aversão aos shows de Adam não tinha nada a ver
com a música, nem com as tietes, muito menos com ciúmes. O problema eram as
dúvidas. As mesmas dúvidas perturbadoras que sempre tive em relação a não fazer
parte de alguma coisa. Eu sentia como se não fizesse parte da minha família e
agora era como se eu não pertencesse ao mundo do Adam, exceto pelo fato de que,
diferentemente da minha família, que tinha um vínculo comigo, Adam havia me escolhido. E isso eu não
conseguia compreender. Por que ele se apaixonou por mim? Não fazia o menor
sentido.” Pág. 79
“Quando estava com Adam, pelo
menos depois daquelas primeiras e estranhas semanas, me senti tão bem que não
me incomodei em pensar sobre o que estava acontecendo comigo, com a gente. Tudo
parecia tão normal e certo [...]” Pág 164
“– Estou dizendo tudo isso por um motivo – prossegue ela – Tem mais ou
menos umas vinte pessoas lá na sala de espera agora. Algumas são da sua
família, outras não. Mas todos nós somos a sua família agora.
Kim interrompe a fala. Inclina-se para se aproximar de mim e as mechas
de seu cabelo fazem cócegas no meu rosto. Ela me dá um beijo na testa.
- Você ainda tem uma família.” Pág. 182
Espero que tenham gostado
Beijos
Cherry Suicide